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Checklist de vistoria de imóvel alugado: não deixe passar nada!

Checklist de vistoria de imóvel alugado

Você fechou um contrato de locação? Então, não se esqueça de fazer seu Checklist de vistoria de imóvel alugado. Esse documento é muito importante para atestar as condições do imóvel no ato de entrega das chaves ao inquilino.

Assim, é possível conferir maior segurança tanto ao locatário quanto ao locador. Ambos devem conferir todos os detalhes para que o imóvel seja entregue nas mesmas condições quando o contrato finalizar.

E, para fazer um bom laudo, existem alguns fatores que não podem ficar de fora. Por isso, preparamos este checklist de vistoria de imóvel alugado para que nada passe batido!

A seguir, mostramos por que você deve fazer um laudo de vistoria, quais itens precisam ser levados em consideração e quais erros é necessário evitar. Confira!

Capítulo 1: Afinal, por que a vistoria de imóvel alugado é tão importante?

O laudo de vistoria serve como uma garantia, tanto para o locador quanto para o locatário, em relação às condições do imóvel. Geralmente, depois de firmar o contrato, o inquilino recebe um determinado prazo para conferi-lo e verificar se há qualquer divergência.

Vale reforçar que o documento é importante para ambas as partes. Para o inquilino, é fundamental que todos os defeitos, desgastes e demais problemas sejam listados no laudo para que ele não seja responsabilizado por isso na ocasião da entrega do imóvel.

Já no caso do proprietário, caso tenha havido algum prejuízo durante a morada do inquilino, excetuando-se os prejuízos decorrentes de desgaste por uso natural, ele pode solicitar a reparação dos danos antes que o locatário deixe o imóvel.

Vale mencionar que, embora o laudo de vistoria não seja obrigatório, ele é fundamental. Levando em conta a Lei do Inquilinato, que regula as relações de locação de imóveis, não há determinação legal que obrigue a realização do laudo de vistoria do imóvel alugado.

Contudo, segundo o artigo 22, inciso V, o locador é obrigado a “fornecer ao locatário, caso este solicite, descrição minuciosa do estado do imóvel, quando de sua entrega, com expressa referência aos eventuais defeitos existentes”.

Da outra parte, o artigo 23, inciso III, determina que o locatário é obrigado a “restituir o imóvel, finda a locação, no estado em que o recebeu, salvo as deteriorações decorrentes do seu uso normal”.

Sendo assim, o laudo de vistoria mostra-se como um recurso jurídico importante. Quando o contrato de aluguel for finalizado e o inquilino deixar o imóvel, basta fazer a conferência de tudo o que foi informado no laudo para que nenhuma parte saia lesada.

Capítulo 2: Faça o checklist de vistoria de imóvel alugado

Agora, você já sabe que deve fazer o laudo de vistoria. Mas quais itens precisam ser conferidos no imóvel? Quais informações inserir no documento?

Para ajudar você nessa tarefa, separamos os itens essenciais que os proprietários que alugam por conta devem levar em conta. Confira, abaixo, o checklist de vistoria de imóvel alugado!

Estrutura

Todos os itens relativos à estrutura do imóvel devem ser especificados no laudo de vistoria, incluindo a fachada. Anote o estado de conservação das portas de entrada, portões e grades em janelas, por exemplo. Se houver portões elétricos, descreva também se o funcionamento está adequado.

Registre ainda a área total do imóvel e especifique devidamente a área privativa, incluindo o tamanho de cada cômodo. Se houver detalhes importantes, como um teto rebaixado, é importante especificar, pois eles são mais suscetíveis a dar problemas.

Outro item que não pode faltar é a garagem. A quantidade de vagas descrita no contrato deve estar de acordo com o laudo de vistoria. Teste o controle eletrônico, caso houver, e liste a quantidade de cópias entregues. Caso haja algum problema no local, como espaço irregular, anote também.

Pintura

É muito importante especificar o estado da pintura no imóvel, sobretudo se for nova. Quando o inquilino devolver o imóvel, deverá entregar nas mesmas condições recebidas. Para isso, especifique todos os detalhes, tais como a cor específica e o tipo de tinta. 

Também é preciso discriminar as partes do imóvel pintadas, como paredes, tetos, portas, janelas e rodapé. E, no caso de imperfeição ou defeito em uma parte específica, não omita.

Portas e janelas

Em relação a portas e janelas, descreva o seu estado de conservação e funcionamento. Verifique se os trincos, as fechaduras e as maçanetas estão funcionando bem, se as portas não estão emperrando, se os trilhos estão correndo, se as janelas estão abrindo e fechando normalmente etc.

Também é recomendável especificar o número de chaves de cada porta do imóvel. E, quanto às janelas, confira o estado dos vidros. Sinalize se estiverem quebrados ou com alguma rachadura.

Vale ressaltar que, se houver um problema mais grave, como uma janela sem fecho ou uma porta desgastada, o proprietário deve realizar o conserto antes da mudança do inquilino.

Parte hidráulica

Na parte hidráulica, verifique todas as torneiras e confira se o escoamento de água tem um bom fluxo. Veja se não há algum vazamento, entupimento, peça solta ou outro problema. Teste também as descargas sanitárias e os registros para se certificar de que tudo está funcionando perfeitamente.

Verifique ainda as peças relacionadas à parte hidráulica, como os ralos e o sifão que fica embaixo da pia e do tanque. Um vazamento, acúmulo de água no local ou umidade além do normal pode indicar a necessidade de reparos.

Também é importante especificar se o imóvel já vem com chuveiro elétrico no banheiro, se há um ponto de entrada na área de serviço, se a cozinha conta com filtro de água, se o banheiro tem box e está bem vedado, dentre outros detalhes.

Parte elétrica

Assim como na parte hidráulica, avalie os itens da parte elétrica e especifique no laudo o estado de conservação e funcionamento de cada um. Acenda todas as luzes para ver se estão funcionando, se têm mau contato, se ficam piscando ou fazem chiados quando acesas, entre outros problemas.

Teste também o quadro de energia. Verifique se os disjuntores estão corretos de acordo com suas identificações. Veja, ainda, o funcionamento de todas as tomadas e a voltagem de cada uma.

Confira a fiação do imóvel, detectando se há fios soltos ou expostos. Se o imóvel for entregue com lâmpadas novas e já instaladas, isso também deve ser especificado. Não se esqueça de testar os interfones e a campainha, bem como os botões para abrir o portão.

Revestimentos

Os revestimentos são um ponto importante no laudo de vistoria, visto que eles costumam sofrer desgaste natural decorrente do uso. Por isso, é importante deixar bem documentado o estado de conservação, bem como o tipo de piso, azulejo e revestimento.

Descreva os detalhes, como o tipo de cerâmica usado no imóvel, o tamanho e a cor. Verifique também o assentamento dos pisos, pois se estiverem mal colocados, podem provocar rachaduras com o tempo.

Sinalize se houver pisos trincados ou soltos, azulejos quebrados ou faltantes, manchas e sujeiras permanentes, diferenças de tonalidade e demais aspectos de deterioração desses itens, como buracos e mofos.

Móveis

Em relação aos móveis, identifique tudo o que o imóvel possui, como guarda-roupas embutido, armários na cozinha e no banheiro, estantes etc. Verifique se as portas estão abrindo e fechando, se as gavetas estão deslizando bem, se os puxadores e as dobradiças estão adequados. Quaisquer estragos, manchas ou peças quebradas devem ser anotados.

Caso o imóvel seja mobiliado, anote as condições da mobília. Detalhe a quantidade de mesas e cadeiras, por exemplo. Avalie a condição de camas, colchões e sofás, anotando informações como modelo, cor, tamanho, tecido etc. E, se houver eletrodomésticos, liste quais são. Descreva no laudo de vistoria o estado de conservação e funcionamento desses mesmos elementos.

Acessórios

Por fim, não se esqueça dos demais acessórios do imóvel, especificando detalhes sobre estado de conservação, funcionamento, quantidade e demais informações. Aqui vale todo tipo de acessórios, como lustres, carpete, espelhos, vidros, persianas e cortinas etc.

Anote, por exemplo, se o imóvel foi entregue com carpete lavado, se os lustres estão em bom estado, se há suportes no box do banheiro, se há varal na área de serviço e se os espelhos estão em boas condições.

 

Capítulo 3: Evite os erros mais comuns na vistoria de imóvel alugado

Ao fazer o laudo de vistoria do imóvel, muitos proprietários acabam cometendo erros. Um dos mais comuns é ser generalista nos termos utilizados, como “em bom estado” no caso de portas e janelas que fecham e abrem, porém exigem algum esforço. Essa condição deve ser claramente especificada.

Outro exemplo são tomadas e interruptores que ficam amarelados com o tempo. Mesmo que isso não atrapalhe o seu funcionamento, é importante especificar a condição das peças que estão envelhecendo.

Na entrega do imóvel, se não estiver bem claro qual é a condição exata dos itens, isso pode dar margem para interpretações diversas, gerando conflitos entre o locador e o locatário.

Assim como os termos genéricos, você deve prestar atenção aos detalhes, como pequenas peças quebradas, pequenos vazamentos ou lâmpadas com mau contato.

Algo que não parece tão relevante, no momento da vistoria, pode fazer grande diferença no dia a dia dos moradores. Futuramente, isso pode gerar maiores problemas. Logo, procure fazer uma vistoria bastante detalhista.

Um ralo entupido ou uma torneira espanada são exemplos do que não deve ser ignorado, pois o estrago posteriormente pode ser pior. Além de trazer insatisfação para o inquilino, isso pode acarretar em maiores prejuízos até mesmo para o proprietário.

Outro erro que você não deve cometer é exigir que o inquilino assine a sua vistoria sem permitir que ele faça suas próprias considerações. Caso haja divergências, é necessário verificar a observação e entrar em acordo com o locatário. Além disso, lembre-se de que é direito do cliente fazer a vistoria – e cobrar taxas para isso é ilegal.

Também é preciso levar em consideração que nem tudo é perceptível no dia da vistoria. Alguns detalhes, como uma infiltração que só aparece em dias de chuva ou um problema estrutural, podem ser notados apenas com o passar do tempo.

Nesses casos, é importante que o proprietário se responsabilize pelos devidos reparos. Dependendo do acordo, o valor do conserto pode ser arcado diretamente pelo locador ou abatido na mensalidade do aluguel.

Conclusão

Como você viu, o laudo de vistoria deve ser elaborado com bastante atenção aos detalhes. Quanto mais preciso o documento for, mais fiel à realidade do imóvel estará; podendo, assim, conferir maior segurança jurídica para ambas as partes do contrato de locação.

Vale lembrar que, mesmo depois de elaborado e assinado o laudo de vistoria, é possível que o inquilino venha a encontrar algum problema que passou percebido anteriormente.

Um entupimento ou uma infiltração, por exemplo, costumam ser identificados somente depois. Em casos assim, geralmente, a responsabilidade de reparo é do locador, que deve arcar com os custos do conserto.

Por isso, é necessário deixar bem claro no contrato de locação tudo o que é ou não de obrigação do locatário, para que não haja conflitos futuramente. Uma dica essencial ter esses pormenores registrados com fotos, além das descrições escritas.

 

 


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